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OUVI isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os moradores do mundo.2
Quer humildes quer grandes, tanto ricos como pobres.3
A minha boca falará da sabedoria; e a meditação do meu coração será de entendimento.4
Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola: decifrarei o meu enigma na harpa:5
Por que temerei eu nos dias maus, quando me cercar a iniquidade dos que me armam ciladas?6
Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas,7
Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele8
(Pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes);9
Por isso tão pouco viverá para sempre, ou deixará de ver a corrupção:10
Porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto, e deixam a outros os seus bens.11
O seu pensamento interior é que as suas casas serão perpétuas e as suas habitações de geração em geração: dão às suas terras os seus próprios nomes.12
Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais que perecem.13
Este caminho deles é a sua loucura; contudo a sua posteridade aprova as suas palavras. (Selá.)14
Como ovelhas são enterrados; a morte se alimentará deles; e os retos terão domínio sobre eles na manhã; e a sua formosura na sepultura se consumirá, por não ter mais onde more.15
Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)16
Não temas, quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa se engrandece.17
Porque quando morrer, nada levará consigo, nem a sua glória o acompanhará.18
Ainda que na sua vida ele bendisse a sua alma, e os homens te louvem quando fazes bem a ti mesmo.19
Irá para a geração dos seus pais; eles nunca verão a luz.20
O homem que está em honra, e não tem entendimento, é semelhante aos animais que perecem.