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O MEU espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura.2
Porventura não estão zombadores comigo? E os meus olhos não contemplam as suas amarguras?3
Promete agora, e dá-me um fiador para contigo; quem há que me dê a mão?4
Porque aos seus corações encobriste o entendimento, pelo que não os exaltarás.5
O que lisonjeando, fala aos amigos, também os olhos de seus filhos desfalecerão.6
Mas a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles.7
Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos e já todos os meus membros são como a sombra;8
Os retos pasmarão disto e o inocente se levantará contra o hipócrita.9
E o justo seguirá o seu caminho firmemente, e o puro de mãos irá crescendo em força.10
Mas, na verdade, tornai todos vós, e vinde cá; porque sábio nenhum acho entre vós.11
Os meus dias passaram, e malograram-se os meus propósitos, as aspirações do meu coração.12
Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas.13
Se eu olhar a sepultura como a minha casa; se nas trevas estender a minha cama;14
Se à corrupção clamar: Tu és meu pai; e aos bichos: Vós sois minha mãe e minha irmã;15
Onde estaria então agora a minha esperança? Sim, a minha esperança quem a poderá ver?16
Ela descerá até aos ferrolhos do Seol, quando juntamente no pó teremos descanso.