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O HOMEM, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação.2
Sai como a flor, e se seca; foge também como a sombra, e não permanece.3
E sobre este tal abres os teus olhos, e a mim me fazes entrar em juízo contigo.4
Quem do imundo tirará o puro? Ninguém.5
Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles.6
Desvia-te dele, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha contentamento no seu dia.7
Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.8
Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu tronco no pó,9
Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como a planta.10
Mas, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está?11
Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota, e fica seco.12
Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem se erguerá de seu sono.13
Oxalá me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se desviasse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim!14
Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança.15
Chamar-me-ias, e eu te responderia: afeiçoa-te à obra de tuas mãos.16
Mas agora contas os meus passos; não estás tu vigilante sobre o meu pecado?17
A minha transgressão está selada num saco, e amontoas as minhas iniquidades.18
E, na verdade, caindo a montanha, desfaz-se; e a rocha se remove do seu lugar.19
As águas gastam as pedras; as cheias afogam o pó da terra; e tu fazes perecer a esperança do homem.20
Tu para sempre prevaleces contra ele, e ele passa; tu, mudando o seu rosto, o despedes.21
Os seus filhos, estão em honra, sem que ele o saiba; ou ficam minguados, sem que ele o perceba;22
Mas a sua carne nele tem dores; e a sua alma nele lamenta.