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PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém:2
Vaidade de vaidades! diz o pregador, vaidade de vaidades! é tudo vaidade.3
Que vantagem tem o homem, de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?4
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.5
E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar donde nasceu.6
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.7
Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; para o lugar para onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir.8
Todas estas coisas se cansam tanto, que ninguém o pode declarar: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.9
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há novo debaixo do sol.10
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.11
Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois.12
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.13
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu: esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.14
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.15
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não pode ser calculado.16
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém: na verdade, o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e a ciência.17
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.18
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em ciência, aumenta em trabalho.