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jozonias hebraico: Ele será ouvido do Senhor 0 0 0
juarez Uma referência ao revolucionário mexicano Benito Juarez 0 0 0
jubal hebraico: torrente, região úmida, musica 0 0 0
jubileu A ponta do carneiro. Chamava-se ano do Jubileu aquele que vinha depois de sete anos sabáticos (Lv 25.8 a 11). Este 50º ano era anunciado pelo som de trombetas, feitas de pontas de carneiro, no 10º dia de tisri (*veja Mês), o grande dia da propiciação. A terra, como no simples ano sabático, devia ficar sem cultura, sendo os frutos somente colhidos pelos pobres – mas o povo podia caçar ou ganhar o seu sustento de qualquer outro modo. No ano do jubileu todos os servos ou escravos estavam em condições de obter a sua liberdade (Lv 25.39 a 46 – Jr 34.8 a 14). As terras do país, bem como as casas das cidades dos levitas, que haviam sido vendidas durante os precedentes cinqüenta anos, voltariam para os vendedores, a não ser o que havia sido consagrado a Deus, e remido (Lv 25.17 a 28 – 27.16 a 24). igualmente as terras hipotecadas haviam de ser libertadas sem ônus algum. A maneira completa como eram efetuadas estas disposições fez considerar o jubileu como um tipo do Evangelho(is 61.2 – Lc 4.19).o fim moral e espiritual destes dias festivos manifesta-se com toda a clareza. Todo o propósito era unir o povo pelos laços de fraternidade, e separá-lo dos pagãos – e além disso conservavam-se na memória os passados benefícios de Deus. A santidade do Senhor era patente nas disposições do jubileu. o peso dos pobres era aliviado, a opressão e a cobiça eram reprimidas, e todos aqueles atos solenes ou eram uma figura das bênçãos do Evangelho, ou sugestivos, para o crente, das verdades que haviam de ser inteiramente reveladas e realizadas em Cristo. o propósito do jubileu era dar a todo israelita o direito de recuperar a terra, que havia sido concedida aos antepassados. As casas das cidades muradas não estavam sujeitas à lei do jubileu, embora uma casa pudesse ser remida dentro de um ano após a venda – mas as casas em conexão com a terra do país, e deste modo essenciais à cultivação do solo, não eram excetuadas, devendo então voltar aos antigos possuidores no ano do jubileu. E da mesma sorte as casas das cidades levíticas não eram isentas da lei do jubileu – s terra, porém, que as circundava, e a elas estava ligada, não podia ser objeto de nenhum negócio, visto que nunca podia ser vendida sob qualquer condição. (*veja Sabático (Ano).) 4 4 0
júbilo Grande alegria 17 16 1
jubiloso Muito satisfeito; muito alegre; radiante; em que há regozijo. 1 1 0
juca Forma diminutiva de José, Deus acrescenta 0 0 0
jucal hebraico: capaz 0 0 0
judá Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29.35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37.26,27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43.3 a 10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49.8 a 10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46.12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3.9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10.23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11.9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12.8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12.34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12.36). 325 322 3
judaizantes Judeus cristãos que, no séc. I, ensinavam aos gentios cristãos que eles deviam seguir as práticas religiosas do Judaísmo. 0 0 0
judas É a forma grega da palavra hebraica Judá. 1. Filho de Jacó (Mt 1.2,3). 2. Um habitante de Damasco, em cuja casa foi Saulo recolhido (At 9.11). Era na ‘rua que se chama Direita’, ou na rua dos Bazares, que desde a porta do sul se estendia até ao centro da cidade. Ainda hoje se mostra aos viajantes uma ‘casa de Judas’. 3. Judas, chamado Barsabás, talvez irmão de José Barsabás. Era membro da igreja de Jerusalém (At 15.22 e seg.). Ele foi escolhido para ir com Paulo e Barnabé, como delegados, à igreja de Antioquia, com o fim de informarem os crentes cristãos sobre a resolução dos Apóstolos em Jerusalém, de que não era necessário ser observada a Lei pelos gentios. Tinha dons proféticos, gozava de grande consideração entre os seus irmãos na fé, e, segundo a tradição, tinha ele sido um dos setenta discípulos. E nada mais se sabe a respeito dele. 4. Judas, de Galiléia (At 5.37). No ano 6 ou 7 da era cristã, opôs-se ao registo do povo, feito por Quirino (Cirênio), na Judéia. Este alistamento efetuava-se com o fim de lançar impostos, e por isso era uma medida impopular. Nessa ocasião Judas, habitante de Gamala, conseguiu que o povo se revoltasse contra as autoridades, sendo a sua divisa ‘não temos outro mestre e senhor: só Deus’. E clamava Judas que pagar o tributo a César e reconhecer, de qualquer maneira, uma autoridade estrangeira era uma traição a Deus e à Lei de Moisés. Um considerável número dos seus partidários, os gaulonitas, como se chamavam, julgaram que ele era o Messias. Todavia, ele nada pôde fazer contra o poder de Roma – e ainda que por algum tempo assolou o país, foi por fim morto – e, dispersos os seus seguidores, recebeu o movimento o seu golpe de morte com a ruína total da nação. Embora os seus métodos fossem errados, e impiamente tivesse assumido o lugar de Messias, deve Judas ser considerado como um herói nacional, amante da sua pátria. 5. ‘Judas, de Tiago’, que talvez fosse filho de um Tiago, também chamado Tadeu. Era o décimo na lista dos apóstolos. Em Jo 14.22, ele é apresentado como ‘Judas, não o iscariotes’ – mas em Lc 6.16, e At 1.13, é ele simplesmente Judas sem qualquer apelido distintivo. Diz a tradição que ele pregou o Evangelho em Edessa, o campo da missão e martírio de Tomé – e que viajou até à Assíria, sendo, na sua volta às terras ocidentais, condenado à morte na Fenícia. 6. o irmão do Senhor e de Tiago i. os habitantes de Nazaré mencionaram o seu nome quando escutavam maravilhados os grandes ensinamentos do Filho dos seus vizinhos (Mt 13.55 – Mc 6.3). Foi ele quem escreveu a epístola de Judas, apresentando-se a si mesmo como ‘servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago’. 17 0 17
judas (epistola de) A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt 10.3 – Jo 14.22) – mas não há prova alguma de que este apóstolo fosse o ‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em Lc 6.16 e At 1.13 em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original – e seria mais conforme com o uso geral da linguagem, e particularmente dos escritores do N.T., se a palavra ‘filho’ fosse empregada em lugar da outra. Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’ – nem se distinguiria dos apóstolos, como as palavras do vers. 17 parecem indicar. Disto tudo se conclui que aquele Tiago, mencionado no vers. 1, era realmente o ‘irmão do Senhor’ (Gl 1.19 – veja também Mc 6.3), o qual tem um trabalho distinto na última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas em relação com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3), pertencendo Judas e Tiago, provavelmente, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os apóstolos depois da Sua ascensão (At 1.14 – 1 Co 9.5). (*veja irmãos do Senhor.) Sobre a vida de Judas não temos informações certas. os seus descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes de Davi, ‘alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de pertencerem à família, de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne, do Salvador e por sua vez descendia Jesus daquele rei’. E depois refere-se à boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus perseguidores (Eccl. Hist. iii.20). Não parece que a Epistola tenha sido dirigida a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos, mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente. Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a relação desta epístola com a 2ª de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e linguagem, e a sua coerência de idéias, tudo nos leva a crer que a carta é toda original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª de Pedro, onde se revela a semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se compreender a sua significação. Cp. 2 Pe 2.11 com Jd 9. No seu todo a epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns pensamentos e acrescentando novas particularidades. o fim especial desta epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior, procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A carta pode dividir-se em duas partes: a primeira trata do castigo dos falsos mestres (vers. 5 a 7), e a segunda, do seu caráter em geral (8 a 19). Para ilustrar a doutrina que apresenta, ele recorre, como Paulo em certos casos (2 Tm 3.8, At 17.28, e Tt 1.12), a fontes diferentes das Escrituras. A referência à disputa entre Miguel e o diabo acerca do corpo de Moisés foi, segundo se diz, tirada da Assunção de Moisés, apocalíptica obra judaica, que se supõe ter sido escrita pelo ano 50 d.C., existindo dela apenas fragmentos. A obra etíope, Livro de Enoque, que é citada no vers. 14, era bem conhecida nos tempos em que foi escrito o Novo Testamento, notando-se coincidências de pensamento e linguagem em algumas das epistolas paulinas, na epístola aos Hebreus, e no Apocalipse. A característica da epístola é o emprego que o autor faz dos trios. observe-se nos vers. 1 e 2 a triplicação da saudação e da bênção. Três exemplos de justiça divina são citados: o dos israelitas incrédulos, o dos anjos rebeldes, e das cidades da planície, vers. 5 a 7. Três tipos de maldade, a de Caim, a de Balaão, e a de Coré, vers. 11. Três classes de homens maus: murmuradores, queixosos da sua sorte, obstinados. Três maneiras de proceder para com os que erram: ‘compadecei-vos de alguns que estão na dúvida’ – ‘salvai-os, arrebatando-os do fogo’ – ‘Sede também compassivos em temor’, v*veja 22 e 23. 0 0 0
judas iscariotes Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus.<br> A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.<br> Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão.”<br> Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa” (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa…” (Jo13.28-29).<br> Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5) 0 0 0
judas iscariotes Homem de Queriote (Queriote Hezrom). Um dos doze apóstolos, o que traiu Jesus Cristo. É chamado o filho de Simão iscariotes (Jo 6. 71). o seu caráter, com o resultado final, foi sempre do conhecimento de Jesus (Jo 6.64). A sua fraqueza logo se manifestou na cena da unção em Betânia (Jo 12.4,5). As palavras, ‘por que não se vendeu?’ manifestavam o sentimento dos doze – mas a idéia de que o ungüento devia ser vendido para socorrer os pobres era de Judas, como o dá a entender S. João, acrescentando que ele tinha proposto a venda daquela essência por ser ladrão, pois ‘tendo a bolsa, tirava (isto é, subtraía) o que nela se lançava’ (Jo 12.4 a 6). E por esta revelação já se explica o ato que mais tarde praticou. Sendo ele, pois, cobiçoso, e não podendo conformar-se com a natureza da missão de Jesus Cristo, foi-se fortalecendo no seu espírito aquele sentimento que se acha indicado pelas palavras, ‘entrou nele Satanás’ (Jo 13.27) – e a triste conseqüência foi o pacto com os principais sacerdotes, e a entrega de Jesus Cristo. Depois daquela cena em Betânia, as más idéias começaram a preocupar a sus alma (Mt 26.14). Satanás achou o seu instrumento, e Judas foi ter com os príncipes dos sacerdotes (Lc 22.3,4). Provavelmente ele esperava mais do que as trinta moedas de prata (Mt 26.15), porque, na verdade, houve discussão sobre a quantia que lhe haviam de dar. Por fim, determinou fazer o papel de traidor, e esperou a ocasião. Com tudo isso não se separou de Jesus. Acompanhou o Divino Mestre e os seus colegas na ida a Betânia e de Betânia a Jerusalém – esteve com eles no horto de Getsêmani (Jo 18.2) – e na última Ceia lá se encontrava ele também, sendo lavados os seus pés pelo Salvador, e perguntando como os outros discípulos: ‘Sou eu?’ (Mt 26.25). E completou a sua infâmia, entregando com um beijo o Mestre, o que aumentou a tristeza da sua vitima (Lc 22.48). Praticada a vil ação, foi Judas atormentado pelo remorso. E pode-se dizer que o arrependimento era sincero pelo seu desejo de desfazer o que tinha praticado (Mt 27.3,4). Foi neste estado da sua alma que ele lançou aos pés dos sacerdotes as trinta moedas de prata, sendo por eles escarnecido. Foi ‘o filho da perdição’ (Jo 17.12), não havendo para ele esperança de perdão nesta vida – e assim ele ‘retirou-se e foi enforcar-se’ (Mt 27.5). As diversas descrições da sua morte se harmonizam, sendo compreendido que Judas primeiramente se enforcou em alguma árvore que estivesse à beira de um precipício, e que, quebrando-se a corda ou o ramo, ele foi despedaçado na queda. Em At 1.20 se liga a morte de Judas com as predições dos salmos 69.25, e 109.8 – vede também Jo 17.12. 0 0 0
judas o zelote hebraico: Judas o Zeloso 0 0 0
judas, não o iscariotes João refere-se a um dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem.<br> O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas – Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama.<br> Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13).<br> Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu.<br> O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia. Diz outra tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas. 0 0 0
judas-macabeu Macabeu: Martelo 0 0 0
judeia latim: terra dos judeus 0 0 0
judéia-judá Estes nomes aplicam-se, algumas vezes, a toda a Palestina (At 28.21 – e talvez Lc 23.5), mas geralmente só à parte meridional do país. A extensão do território que coube a Judá acha-se descrita minuciosamente em Js 15. o limite norte do primitivo quinhão de Judá começava no lugar em que o Jordão entra no mar Morto, e daí para o ocidente, passando por Bete-Semes, até Jabneel perto de Ecrom, distante 16 km do Mediterrâneo. E a linha limítrofe toma depois a direção do sueste, quase em linha reta, correndo junto ao país dos filisteus, e pelos limites de Simeão até Cades-Barnéia, na orla do deserto. Ao oriente era limitada a tribo pelo mar Morto e montanhas de Seir na terra de Moabe. Mas depois da morte de Salomão a tribo de Benjamim fez aliança com a casa de Davi, ficando assim incorporadas as duas tribos. E por esta forma ficou Jerusalém dentro dos limites do novo reino, tornando-se uma cidade real g Sm 2.9). Parte de Simeão (1 Sm 27.6) e outra de Dã (2 Cr 11.10) foram também incluídas em Judá. Mais tarde foi aumentada essa área pela inclusão de parte de Efraim (2 Cr 13.19 – 15.8, e 17.2). o total do território achava-se dividido em quatro regiões, e tinha a extensão de quase 72 km do norte ao sul, sendo de 80 km a distância do oriente ao ocidente. Compreendiam estas regiões, a que se chamava o Sul, as terras de pastagens e os desertos da parte mais baixa da Palestina (Js 15.21). Esta última parte também se chamava o Deserto de Judá (Jz 1.16). Era de 37 o número de cidades, estando quase metade delas incluídas na tribo de Simeão (Js 19.1 a 9). A outra grande divisão era a planície ou terras baixas (Js 15.33), achando-se entre a região montanhosa do interior e o Mar – o seu nome próprio era Sefelá, o qual ainda se conserva. Era o país dos filisteus e o celeiro da Palestina. As fortalezas dos filisteus estavam na costa, edificadas sobre promontórios, dominando elas por um lado o mar, e pelo outro os fertilíssimos campos de trigos e as vinhas. os viajantes modernos ainda ficam maravilhados, contemplando a beleza e fertilidade do pais. Foi com a abundância desta rica terra que Salomão pagou a Hirão o seu auxilio na edificação do templo e do palácio real. Semelhantemente, nos tempos do N.T. era o povo de Tiro e de Sidom alimentado com os produtos desta região (At 12.20). Era grande a sua população, pois havia 42 cidades além das vilas. A terceira divisão de Judá abrangendo as terras montanhosas, era, politicamente falando, a maior e a mais importante. Nela estavam situadas as cidades de Jerusalém, Siquém e Hebrom, e mais 38 de menor importância, como se acham enumeradas em Js 15.48 a 60. Agora todo o onduloso território (não tão acidentado como o que fica ao norte de Jerusalém), está coberto de ruínas de cidades e fortificações – isso mostra que em certo tempo devia ter sido muito povoado. Ali se vêem arbustos e flores, onde não esteja plantada a oliveira e a videira. o quarto distrito, o ‘Deserto’, era aquela grande depressão entre a costa do mar Morto e a parte montanhosa. Compreendia principalmente as planícies do sul – embora com algumas cidades, era de pequena importância, comparado com a região montanhosa ou com a Sefelá. o ‘Deserto’, onde estiveram Jesus e João Batista, ficava superior a Jericó e ao longo do Jordão. Quando Josué e Eleazar dividiram a terra entre as tribos (Js 14.1, e 19.51), recebendo Judá a sua parte, foi certamente espinhosa a sua tarefa. Eles tinham já combatido os filisteus (Js 10.28 a 35), e haviam avançado até Hebrom (Js 10.36 a 39). Todavia, os filisteus nunca foram completamente suprimidos, conservando a posse de algumas cidades. A tribo de Judá porém, fixou-se firmemente na região montanhosa, onde os deixaram fixar a sua habitação sem serem incomodados. E mesmo quando os filisteus afligiam as tribos do norte e do centro, nada sofria Judá, embora tivesse mandado guerreiros para auxiliar Saul. (*veja Davi, e Saul.) Depois da morte de Saul foi este independente e hábil povo para Davi, e elegeu-o rei. Eles tinham a compreensão do seu valor, e estavam informados de quem era Davi (2 Sm 2.4 a 11): sabiam que havia nele as qualidades da vigorosa tribo, uma vontade independente, e ousadia de ação. E se em certas circunstâncias as outras tribos faziam reclamações, eles conservavam-se à distância, e escolhiam o seu rei para que governasse sobretudo o país. Mesmo quando era seu desejo operar de harmonia com os outros, não o faziam, se a oportunidade se não oferecia, não hesitando em proceder isolados. Foi esta sua independência de caráter, e a sua disposição para viverem separados dos outros a causa de os acusarem de algumas faltas, como a de quererem desprezar os seus irmãos das outras tribos (2 Sm 19.41 a 43). Quanto à lista das cidades de Judá, *veja Js 15.21 a 63. Nove das cidades foram distribuídas pelos sacerdotes (Js 21.9 a 19). os levitas não possuíam cidades nesta tribo, e nas outras não as tinham os sacerdotes. o caso somente da cidade de Belém parece duvidoso. (Jz 17.7,9 – 19.1). Depois que Davi fez de Jerusalém a sua capital, tornou-se Judá a parte principal de todo o país de israel, sendo sempre assim, até que houve a separação das dez tribos, no reinado de Roboão. Desde esse tempo foi ocupado o trono no espaço de quase quatrocentos anos por vinte reis, todos eles descendentes de Davi. Apenas uma vez aparece, durante o período dos reis, um caso de certa gravidade, que podia ter quebrado a linha de Davi. E isso foi quando Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de israel, receando ser esmagados pela Assíria fizeram entre si uma aliança, à qual quiseram que pertencesse Acaz, rei de Judá. isaías, no cap. 7, mostra de um modo pitoresco o mau êxito daquele plano. Alguns dos reis de Judá são dignos de louvor, e são esses Asa, Josafá, Josias e Ezequias – outros, porém, foram ímpios e depravados, como Acaz, Manassés e Amom. Houve também alguns que, sendo recomendáveis por algumas de suas qualidades, cometeram graves faltas, contudo. Mas o plano divino não sofreu mudança alguma na longa preparação dos fatos para a vinda do Messias, como se mostra na real genealogia do primeiro capítulo de Mateus. É notável que, 0 0 0
judeu Esse termo, derivado de Judá, a princípio denotou o pertencente dessa tribo, vindo mais tarde a ser empregado em referência a todos os descendentes de Abraão. Outras designações são: israelitas e hebreus. 16 5 11
judeus A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34.9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3.8 a 12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2.1 a 11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus. 125 39 86
judi hebraico: louvor do Senhor 0 0 0
judite louvada 0 0 0
jugo 1) peça de madeira, em geral pesada, criada para encaixar-se por cima ao pescoço de dois animais (em geral dois bois) e ligada a um arado ou a um carro. 2) Figura da escravidão e da opressão (1Rs 12.4); ao contrário do “jugo” pesado da lei (Gl 5.1), o jugo de Jesus é fácil de suportar (Mt 11.29,30). 35 30 5
juiz Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4.29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29.10 – Js 23.2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7.2,10 – Js 22.14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18.14 a 26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1.15,16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11.24,25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio. ) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27.18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12 a 15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18.15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1.17,18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16.18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2.14 – Jz 8.14 – Ed 10.8 – Jó 29.9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8.14,15). (*veja Boaz, Rute. ) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17.12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7.25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância. 22 14 8
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