Acertar as contas com alguém que praticou o mal, ou castigá-lo.
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vinha
A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9.20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40.9 a 11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78.47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80.8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14.18 – Nm 13.20,24 – Dt 6.11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49.11,22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32.9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14.5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11.33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1.14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48.32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27.18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80.10 – 128.3 – Ez 17.6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5.5 – Mc 12.1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80.13 – Ct 2.15 – is 1.8 – 5.2 – Mt 21.33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16.10 – Jr 25.30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías (5) e na de Jesus Cristo (Mc 12.1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19.10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61.5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23.11 – Lv 25.3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5.7 – 55.1 – Mt 26.27 e 29 – Jo 15.1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63.2 – Lm 1.15 – Ap 14.19,20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)
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vinho
o sumo das uvas produzia diversas espécies de vinho. Pisadas as uvas no lagar, corria o sumo para uma cuba. A esse sumo chamavam ‘vinho novo’ – e os judeus bebiam-no nesse estado – mas passado pouco tempo, principiava a fermentação. o vinho fermentado tinha diversos nomes. Algum era pouco melhor do que o vinagre, e formava a bebida comum dos operários, ou dos trabalhadores do campo durante o calor da colheita (Rt 2.14). Foi este o vinho, fornecido em enormes quantidades por Salomão, para os rachadores de lenha no Líbano (2 Cr 2.10). o vinagre que deram ao Salvador, quando estava na cruz (Mc 15.36), era provavelmente a ‘posca’, uma mistura de vinho e água que costumavam dar aos soldados romanos – e o vinho com mirra era uma bebida estupefaciente (*veja 23). o vinho não era somente misturado com água, mas também o aromatizavam algumas vezes (Sl 75.8 – Pv 9.2,5 – 23.30). o A.T. alude muitas vezes ao vício em que caíram os hebreus e outros povos da antigüidade, bebendo excessivamente, e também faz muitas referências às vergonhosas cenas de orgia por ocasião das festas, no tempo da vindima. igualmente, Belsazar e Xerxes tinham os seus ‘banquetes de vinho’ – Neemias aparece como copeiro de Artaxerxes – e Naum e Habacuque acusaram os ninivitas e os caldeus de serem vergonhosamente desregrados (Na 1.10 – 2.1 – 3.11 – Dn 5.1,2 – Hc 2.15,16). Em conformidade com estas passagens acham-se muitas vezes exemplificados, nas esculturas assírias, o uso e o abuso do fruto da vide. os profetas do oitavo século antes de Cristo referem-se freqüentemente aos banquetes, nos quais bebiam demasiadamente as classes mais ricas da comunidade. Amós descreve com viveza aquelas orgias dos príncipes de Samaria, que se estendiam sobre as camas de marfim e bebiam vinho por taças (6.4 a 6). oséias escreve que no dia do aniversário natalício do rei, os príncipes se tornaram doentes com a excitação do vinho (os 7.5) – e isaías exclamava (28.1): ‘Ai da soberba coroa dos bêbados de Efraim.’ o mesmo profeta denuncia os habitantes de Jerusalém deste modo: ‘Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice, e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta’ (is 5.11). Jesus Cristo, em Caná da Galiléia, mudou a água em vinho (Jo 2.9,10). Acham-se indicações no N.T. de que o vinho era algumas vezes bebido em excesso: (Jo 2.10 – At 2.13 – 1 Co 5.11 e 6.10 – Ef 5.18). Paulo (Rm 14.21) sugere a lei da abstinência para o bem-estar dos outros, mas recomenda um pouco de vinho a Timóteo, em vista da sua fraqueza física (1 Tm 5.23). (*veja Videira, Lagar de Vinho.)
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vinho novo
Suco recém-espremido da uva. Contém menos sabor e menos teor alcoólico por ser breve o seu processo de envelhecimento.
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violante
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virgem
A virgem era, por determinação da lei, propriedade de seu pai, a quem um dote se devia dar quando ela se casava (Êx 22.16 – *veja Gn 29.15 a 18). A honra da virgem era protegida contra a maledicência, mas o seu desvio da virtude era severamente castigado (Dt 22.13 a 21). Não há, no N.T., indício algum de alguma reconhecida ordem de virgens, embora se queira supor isso pela passagem de At. 21. 9. A questão do casamento da virgem é tratada por Paulo, à luz das circunstâncias do tempo, em 1 Co 7.25 a 38. A palavra ‘casto’ é empregada a respeito do homem em Ap 14.4,5.
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virgem (nascido da)
Jesus Cristo foi ‘nascido da Virgem Maria’. Em Mt 1.22, 23 se declara ser esse fato o cumprimento da profecia que está em is 7.14. (*veja Emanuel.) A passagem tem uma dupla referência, pois que se trata de nascer então uma criança segundo o simples curso da natureza – e, em segundo lugar, da encarnação miraculosa de Jesus Cristo, do qual são particularmente descritivos os termos empregados. Parece ser esta a interpretação mais natural, visto como a profecia evidentemente designa duas coisas: um libertamento próximo – e outro mais afastado, porém mais glorioso. o nascimento da primeira criança era um penhor do libertamento próximo: e o do Messias, constituía um mais maravilhoso penhor de outro mais grandioso libertamento. É neste cumprimento mais elevado da profecia que se torna evidente a propriedade do termo ‘virgem’ e a inteira significação do nome Emanuel (Mt 1.23 – Lc 1.35 – Jo 1.14). A palavra hebraica “almah”, traduzida pela palavra ‘virgem’ em is 7.14, e em três outras passagens, significa etimologicamente uma jovem, virgem ou não – mas, de fato, emprega-se de um modo restrito a respeito de uma virgem. os tradutores da Versão dos Setenta na trasladação de almah empregaram a palavra “parthenos”, que é quase sempre usada a respeito de virgens.
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virginia
Virgem
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Bracelete
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Verdadeira
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Verde
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virtualmente
Que é virtual, ou seja, existe de forma eletrônica no computador.
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Disposição firme e constante para a pratica do bem; qualidade própria para produzir certos efeitos
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virulenta
Rancorosa, odienta, peçonhenta
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vírus
Diminuto agente infeccioso, invisível e de reprodução apenas no interior de células hospedeiras vivas.
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visão
Este termo é empregado tanto no A.T., como no N.T., no sentido de uma manifestação, ou por sonho, ou doutra maneira, pela qual vem ao homem uma mensagem divina, como aconteceu com Abraão (Gn 15.1), Jacó (Gn 28.12), Moisés (Êx 3.2), Balaão (Nm 24.4 a 16), Ezequiel (37.1 a 14), etc. Aos profetas Deus falou ‘de vários modos’, revelando o maior número de vezes a Sua verdade, pela realização daquele estado sobrenatural das faculdades sensitivas, intelectuais e morais, a que as Escrituras chamam visão. É nesse estado que coisas longínquas, quanto ao tempo e ao lugar, ou meras representações simbólicas dessas coisas, se tornaram para a alma do Profeta vivas realidades, e, como tais, ele as descreve. Por esta razão as predições proféticas se chamam muitas vezes ‘visões’, isto é, coisas vistas, dando-se aos profetas o nome de ‘videntes’ (2 Cr 26.5 – is 1.1 – ob 1 – Hc 2.2,3 – etc.). Quanto às visões do N.T., *veja Mt 3.16 – 17.1 a 9 – At 2.2,3 – 7.55,56 – 9.3,10,12 – 10.3,19 – 16.9 – 18.9 – 22.17,18 – 23.11 – 2 Co 12.1 a 4. (*veja Profecias.)
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visão (vale da)
(is 22.1,5.) A frase éininteligível, mas deve referir-se a Jerusalém. Sendo assim, chama-se à cidade de Jerusalém um ‘vale’, porque, embora edificada sobre montes, era dominada por alturas circurjacentes ainda maiores, com vales entre elas – ou talvez porque um vale é uma depressão solitária e tranqüila, no meio de montanhas. E, na verdade, era assim Jerusalém um lugar pacífico e abrigado, fechado para o mundo, mas sendo escolhido pelo Senhor para mostrar ali aos Seus profetas os segredos do Seu governo universal. o vale da Visão era como que um lugar onde se manifestava a presença de Deus.
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vislumbrar
Conhecer imperfeitamente; entrever.
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vistoso
Agradável à vista, admirável.
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De importância capital; essencial.
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Que dura a vida inteira
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vitoria
Vitoria
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Vencedor
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vituperar
Tratar com dureza, insultar, repreender ou desaprovar.