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Versículo
"E acercando-se dele os discípulos disseram-lhe
Por que lhes falas por parábolas
"
Textus Receptus
"E vieram os discípulos, e lhe perguntaram: Por que tu falas por parábolas?"
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Referências
Mac. 4:10
Mac. 4:33-34
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1.
TENDO Jesus saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar;
2.
E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
3.
E falou-lhe de muitas
coisas
por parábolas, dizendo:
Eis que o semeador saiu a semear.
4.
E, quando semeava,
uma
parte
da semente
caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;
5.
E outra
parte
caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;
6.
Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
7.
E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na.
8.
E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.
9.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
10.
E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe:
Por que lhes falas por parábolas?
11.
Ele, respondendo, disse-lhes:
Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
12.
Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13.
Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
14.
E neles se cumpre a profecia d’Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis.
15.
Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.
16.
Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17.
Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não
o
viram; e ouvir o que vós ouvis, e não
o
ouviram.
18.
Escutai vós, pois, a parábola do semeador.
19.
Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho;
20.
Porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;
21.
Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende;
22.
E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a palavra, e fica infrutífera;
23.
Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.
24.
Propôs-lhes outra parábola, dizendo:
O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;
25.
Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.
26.
E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
27.
E os servos do pai de família, indo ter
com ele
, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio?
28.
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?
29.
Porém ele lhes disse: Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele.
30.
Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro.
31.
Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando dele, semeou no seu campo;
32.
O qual é realmente a mais pequena de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
33.
Outra parábola lhes disse:
O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.
34.
Tudo isto disse Jesus por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas;
35.
Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei
coisas
ocultas desde a criação do mundo.
36.
Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
37.
E ele, respondendo, disse-lhes:
O que semeia a boa semente, é o Filho do homem;
38.
O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno;
39.
O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.
40.
Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.
41.
Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade.
42.
E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
43.
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
44.
Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido
num
campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
45.
Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
46.
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.
47.
Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade
de peixes.
48.
E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.
49.
Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus dentre os justos.
50.
E lançá-los-ão na fornalha de fogo: ali haverá pranto e ranger de dentes.
51.
E disse-lhes Jesus:
Entendestes todas estas
coisas
?
Disseram-lhe eles:
Sim, Senhor.
52.
E ele disse-lhes:
Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro
coisas
novas e velhas.
53.
E aconteceu que Jesus, concluindo estas parábolas, se retirou dali.
54.
E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam:
Donde
veio
a este a sabedoria, e estas maravilhas?
55.
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?
56.
E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe
veio
pois tudo isto?
57.
E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse:
Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.
58.
E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.