Em assírio é Bab-ilu, porta de Deus; o verbo hebraico balal significa confundir (Gn 10.10). Cidade na planície de Sinear, fundada por Ninrode. Depois do dilúvio, os sobreviventes viveram juntos até que alcançaram Sinear. Aqui fizeram tijolos e edificaram uma cidade, que eles esperavam havia de ser o centro do império do mundo (Gn 11). Talvez, como lembrança do dilúvio, eles pensassem em prevenir-se contra outra calamidade semelhante, edificando uma torre altíssima, identificada com Birs, agora Birs Nimrude. Mas os seus planos foram frustrados por Deus (Gn 11.5,8), que confundiu a sua linguagem e os obrigou a dispersarem-se sobre a terra. (*veja Babilônia.)
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babilônia
Babilônia, Bavêl, em hebraico, está relacionada com a palavra Bilbul, que significa mistura, confusão. Bavêl corresponde ao mundo e suas nações, onde o sagrado, o mundano e o proibido estão todos misturados e é difícil diferenciá-los.
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babilônia (cidade de)
A moderna Hil-lah (Babel). A forma grega do hebraico Babel. Babilônia foi a capital do reino caldaico da Babilônia. Embora não fosse a cidade mais antiga do império, tornou-se no decorrer do tempo a mais importante pela sua grandeza e influência. Situada nas margens do Eufrates, quase 80 km. ao sul da moderna Bagdá, no meio de férteis planícies, tendo perto o Golfo Pérsico, foi a cidade de Babilônia o centro de comércio do mundo antigo. Ainda que incerta a DATA da sua fundação, contudo, a sua conexão com Acade e Calné (Gn 10.10) faz supor uma grande antigüidade, pelo menos 3.000 anos a.C. A história da Babilônia é uma longa série de lutas sustentadas por vários governadores e comandantes militares para a possuírem e conservarem. Foi muitas vezes cercada, muitas vezes foram arrasados os seus templos e muralhas, os seus habitantes cruelmente mortos, e despojada dos seus tesouros; mas, fato maravilhoso, essa cidade opulentíssima e magnífica levanta-se sempre do pó cada vez mais bela, até que, nos tempos de Nabucodonosor, é ela uma das maravilhas do mundo, com enormes edifícios e uma população maior do que provavelmente qualquer outra cidade dos tempos antigos, sendo cortada em todas as direções por canais navegáveis. As atuais ruínas, tudo o que resta da grande cidade da Babilônia, são um grande número de fortes que se estendem por uma distância de oito quilômetros, de norte a sul, principalmente na margem esquerda do rio. Há restos de muralhas, de templos e de palácios reais por toda parte. o forte que está na parte mais setentrional geralmente tem sido identificado com a Torre de Babel, achando-se ainda com 19,5 metros de altura. Maior do que isto é a série de plataformas do palácio. São numerosos os restos de fortificações, e nas margens do Eufrates ainda hoje se podem ver os vestígios de grandes diques. Foi Nabucodonosor quem mandou desviar o rio, e guarnecer de tijolos o leito através da cidade. A cidade foi descrita por Heródoto e outros escritores que puderam vê-la. E ainda que as suas descrições difiram um pouco entre si, concordam, contudo, todos eles na sua maravilhosa grandeza e magnificência. A cidade estava edificada em ambos os lados do rio, cercada por uma dupla muralha de defesa. Segundo a medição de Heródoto, estas muralhas, com 90 km. de circunferência, encerravam uma área de 322 quilômetros quadrados. Nove décimas partes desta área estavam ocupadas com jardins, parques e campos, ao passo que o povo vivia em casa de dois, três e quatro andares. Eram altíssimas as muralhas, e de tal maneira largas em cima que um carro de quatro cavalos tinha espaço para poder dar a volta. Duzentas e cinqüenta torres estavam edificadas por intervalos nos muros, que em cem lugares estavam abertos e defendidos com portões de cobre. outros muros havia ao longo das margens do Eufrates e junto aos seus cais. Navios de transporte atravessavam o rio entre as portas de um e de outro lado, e havia uma ponte levadiça de 9 metros de largura ligando as duas partes da cidade. o grande palácio de Nabucodonosor estava situado numa das extremidades desta ponte, do lado oriental. outro palácio ‘A Admiração da Humanidade’, que tinha sido começado por Nabopolassar, e concluído por Nabucodonosor, ficava na parte ocidental e protegia o grande reservatório. Dentro dos muros deste palácio elevavam-se a uma altura de 23 metros os célebres jardins suspensos, que se achavam edificados na forma de um quadrado, com 120 metros de lado, levantados sobre arcos. o templo de Bel, ou Torre de Babel, de quatro faces, era uma pirâmide de oito plataformas, tendo a mais baixa 120 metros de cada lado. Chegava-se ao topo, onde estava o altar de Bel, por um plano inclinado. Sobre o altar estava posta uma imagem de Bel, toda de ouro, e com 12 metros de altura, sendo também do mesmo precioso metal uma grande mesa e muitos outros objetos colossais pertencentes àquele lugar sagrado. As esquinas deste templo, como todos os templos caldaicos, correspondiam aos quatro pontos cardiais do globo terrestre. os materiais empregados na grandiosa construção constavam de tijolos feitos do limo, extraído do fosso, que cercava toda a cidade. A história política desta maravilhosa povoação acha-se relacionada com a do império da Babilônia, estando a sua queda final compreendida na de toda a nação, embora o culto de Bel continuasse em alguns templos até ao ano 29 a. C., muito tempo depois de ter desaparecido a grande Babilônia, como cidade.
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babilônia (império da)
A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Sagradas Escrituras cerca de trezentas referências ao pais e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode significar tanto o império como a cidade, embora algumas vezes se empregue o nome de Sinear para definir todo o país. Com efeito, Sinear era o mais antigo nome daquele grande território (Gn 10.10 e 11.2). Nas Escrituras dos tempos posteriores, já depois do exílio, chamava-se Caldéia àquela região, ou a terra dos caldeus (Jr 21.4 e Ez 12.13). os babilônios não tinham nome para o seu país no seu todo, mas falavam de Acade ou de Sumer, quando queriam referir-se à parte norte ou à parte sul. Tinham recebido estes nomes dos habitantes anteriores. Descrição física. Babilônia é uma planície de 650 km. de comprimento mais ou menos, por 160 km. de largura. É limitada ao sul pelo golfo Pérsico, e a oeste pelo deserto da Arábia. Ao oriente estava o rio Tigre, e ao norte a Assíria; mas este limite setentrional foi freqüentes vezes modificado segundo a maior ou menor grandeza da nação dos assírios. Devido a um sábio sistema de irrigação por meio de uma rede de canais, os campos da Babilônia eram notavelmente férteis. E a fertilidade era de tal ordem que o próprio trigo crescia sem auxilio do lavrador, fazendo-se cada ano, nas terras cultivadas, duas e três vezes a ceifa. E havia então pastagens em abundância. Às grandes colhei-tas de cereais e de tâmaras deve-se acrescentar o grande número de cavalos, camelos, bois, carneiros e cabras, que os babilônios possuíam. Havia uma grande quantidade de aves de muitas espécies, e os rios estavam cheios de peixe. Vê-se hoje, nas tristes condições daquela terra outrora muito fértil, como se cumpriram as profecias das Escrituras. Hoje é um deserto, com pântanos, povoado de hienas, linces, panteras e javalis. os seus grandes templos e cidades, outrora moradas de poderosos conquistadores, são atualmente montões de entulho. Como foi espantosa a queda da Babilônia, ‘a jóia dos reinos’ (is 13.19)! Hoje não há ali habitantes, exceto algumas tribos errantes de beduínos (is 14.Z2). Babilônia era ‘o deserto’, de que fala o profeta isaías (is 21.1); e as palavras de Jeremias, ‘habitas sobre muitas águas’ (Jr 51.13), eram uma alusão ao transbordamento do Eufrates, bem como aos numerosos canais abertos a fim de desviar para outros lugares as águas das cheias e também para transportar mercadorias. Eram estes os rios da Babilônia, junto dos quais se sentavam e choravam os filhos de israel (Sl 137.1). Era a capital babilônia uma ‘terra de negociantes; cidade de mercadores’ (Ez 17.4). o reino era um dos quatro ‘tronos’, descritos por Daniel, e acha-se realçado pelo símbolo de um leão com asas de águia. Além da cidade de Babilônia, outras havia de consideração. E destas, uma das mais importantes era Eridu (a moderna Abu-Sahrein). Este porto estava no golfo Pérsico, que naqueles tempos se estendia mais para o norte do que hoje, à distância de 210 km. isto se deve à quantidade de terra e de destroços levados pelas águas do Eufrates. Um pouco ao ocidente desta povoação Abu-Sahrein, há uma barreira marcando o lugar de Ur, o qual invariavelmente se designa na Bíblia pelo nome de ‘Ur dos Caldeus’ (Gn 11.28). Em tempos primitivos, não posteriores ao reinado de Gudea, que nas suas conquistas rumo ao ocidente foi até à Palestina, os reis de Ur tinham supremo domínio sobre Babilônia. Um dos reis de Ur, de nome Ur-gur, era muito zeloso em matéria de religião, e por isso mandou edificar templos na maior parte das cidades da Babilônia. Seu filho, Dungi (cerca de 2600 a.C.), conhecido pelo nome de ‘rei dos quatro quartos’, foi, também, entusiasta construtor de templos, como se vê pelas inscrições das lâminas que estão no Museu Britânico. Foi Dungi que erigiu um templo ao deus Nergal em Cuta, a moderna Tell-ibrahim (2 Rs 17.24), povoação próxima da Babilônia, e foi habitada por uma tribo guerreira, proveniente da Pérsia, que por fim foi subjugada por Alexandre Magno. Por certo tempo perdeu Ur a sua importância enquanto os reis de isin sustentaram o seu domínio sobre Babilônia; mas dentro de pouco tempo achamo-la conservando a sua antiga supremacia sobre toda a Babilônia. Todavia, a mais importante cidade do império babilônico estava ao norte. Conservando o seu caráter de independência durante a segunda dinastia de Ur, a cidade da Babilônia atingiu, pouco a pouco, uma importância que durou pelo espaço de quase dois mil anos. Depois que Ur foi decaindo, assumiu Babel, gradualmente, uma dominante posição na ‘Terra dos Caldeus’, sendo Hamurabi ou Anrafel (Gn 14) por aquele tempo (cerca de 2000 a.C. ) o mais conhecido dos seus reis. Já no ano 1700 a.C. era aquela cidade a sede do governo. os babilônios eram de pequena estatura, de corpo grosso, com nariz judaico, lábios largos e olhos oblíquos. o seu cabelo era preto, espesso e encrespado. Num país que tinha grande comércio com as terras vizinhas, era natural manifestar grandeza tanto no vestir como na habitação (Ez 23.15). Facilmente podiam ali obter-se especiarias, marfim, ouro, pedras preciosas, metais, 1ã e tintas. A pesca de pérolas no golfo Pérsico era, já nesse tempo, cuidadosamente cultivada. Mas o luxo trouxe consigo soberba e ociosidade (is 13.11; Jr 50.29). Uma baixa moralidade minava os fundamentos da fortaleza da nação, e ia preparando o caminho para a ruína final. As tabuinhas do contrato mostram-nos que o cidadão babilônio tinha dois nomes: um oficial, e outro particular. Quando morria, o seu corpo geralmente era queimado, e já se pensou que seria num destes fornos crematórios que foram lançados os três jovens, forno que teria sido sete vezes mais aquecido do que de costume. Quando morria um babilônio, dizia-se que a sua alma ia para a ‘região dos céus de prata’, e ali habitava com os heróis dos tempos passados. isaías sabia isto, e deste conhecimento fez uso quando profetizou contra a Babilônia (is 14.4 a 10). o vestuário do babilônio constava de uma camisa de linho, que descia até ao joelho, com uma capa curta sobre ela.
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babujar
Sujar de baba espumante
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baca
hebraico: vale de pranto
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bacbacar
hebraico: procura diligente
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bacbuque
hebraico: frasco
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bacbuquias
hebraico: Jeová torna vazio
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bacelar
Lugar onde se plantam barcelos
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bacia
l. Vaso de cerâmica ou de metal,que servia nos ritos judaicos. A palavra hebraica também se acha traduzida por taça e fiala. Poucos objetos de barro ou de metal se vêem hoje, que pertenceram aos antigos judeus. As taças e bacias de uso comum, entre os povos vizinhos, eram principalmente de barro ou de madeira. Hirão mandou manufaturar para Salomão muitas taças e bacias de ouro, prata e cobre, achando-se entre esses objetos o grande mar para os serviços do templo (2 Cr 4.8). Na cerimônia da purificação no deserto (Êx 24.6,8), recebeu Moisés metade do sangue dos sacrifícios em bacias, e com ele aspergiu o povo. As bacias de lavar os pés eram mais largas e fundas do que as usadas para conter alimentos – e eram, freqüentemente, feitas de madeira (Jo 13.5). Certas tigelas de madeira eram usadas nas refeições, para líquidos, e para o caldo, como se faz hoje, entre os árabes (2 Rs 4.40). Talvez a taça de José para as adivinhações fosse deste gênero (Gn 44.5). Estas bacias se enchiam de um líquido, que de um trago era bebido como preservativo contra o mal. (*veja olaria.) 2. A bacia do tabernáculo estava posta entre a porta e o altar – era feita de metal lustroso, que tinha servido de espelho às mulheres (Êx 38.8). No templo de Salomão havia dez bacias de metal amarelo (1 Rs 7.27 a 39), tendo cada uma delas a capacidade de mil trezentos e cinqüenta litros aproximadamente. Eram usadas para se lavarem os animais oferecidos nos holocaustos (2 Cr 4.6). Em Ef 5.26 e Tt 3.5 devia provavelmente, dizer-se ‘bacia’ por ‘lavagem’, sendo a metáfora aplicada ao batismo.
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baço
Sem brilho; embaçado (poderia se dizer: míope)
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badabe
hebraico: separação
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baena
hebraico: filho de aflição
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baila
Lembrança
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baios
Castanho
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bajite
hebraico: casa ou templo de Baal
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bal
hebraico: senhor
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bala
hebraico: timidez ou medo
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balaão
Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22.5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13.2 – Mq 6.5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2.14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31.8,16).
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balaão ou balahan
sem povo, estrangeiro
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balac
Balac, que traduzido significa “o que lambe”, “o que esmaga”, ou ainda “o que envolve”, significa o demônio, que lambe aos que pode pelo afago da má tentação, esmaga-os pelo consentimento ou pelo fruto do pecado, e envolve-os pelas redes do mau costume.