A lebre pertence ao número dos animais imundos na lei de Moisés, visto que, embora se pensasse que podia ruminar, não tem as unhas fendidas (Lv 11.6 – Dt 14.7). A suposição de que a lebre ruminava tinha sem dúvida por causa o hábito de constantemente mover a mandíbula, hábito adquirido com o fim de não elevar muito os dentes incisivos, visto que doutra sorte eles se entrelaçariam. Que se trata aqui da lebre não há dúvida alguma, pois que a palavra hebraica, para significar este animal, é a mesma que o moderno nome árabe. A lebre é um animal vulgar na Terra Santa, havendo diversas variedades. A espécie mais comum é mais ou menos como a nossa lebre, mas não se encontra além da Síria. Há, também, as variedades egípcias e sinaíticas, que abundam na região meridional da Judéia. A variedade do Egito é mais leve na cor do que a do Sinai, que é mais pequena, mais escura e tem pernas e orelhas mais compridas. Esta espécie de lebre é constituída de criaturas extraordinariamente ativas, mas estúpidas. Vê-se de tempos a tempos esta lebre na Arábia, abaixo do mar Morto. os coelhos não se acham na Palestina.
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lebviatã
Serpente veloz, tortuosa
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leca
Jornada
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lechaim ou l´chayim
Lit. “à vida”; é um brinde judaico feito sobre uma bebida forte.
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leci
hebraico: instruído
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leda
Alegre, contente, jovial, risonha
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leet
hebraico: ávido
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legalista
Relativo à lei, às normas legais.
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legião
Termo militar, romano, que significava um exército de aproximadamente 6.000 soldados a pé, com um contingente de cavalaria. No N.T. usa-se apenas metaforicamente acerca de uma multidão disciplinada (Mt 26.53 – Mc 5.9).
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legitimar
Tornar legítimo para todos os efeitos da lei, legalizar.
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legumes
Nome genérico de toda sorte degrãos, que nascem em vagens, como favas, feijões, etc. os hebreus da antigüidade torravam diversos legumes, quando estavam em campanha (2 Sm 17.28). os legumes de que se alimentaram os quatro jovens durante dez dias (Dn 1.12,16) não devem ser considerados como sendo apenas os grãos das vagens, pois por esse termo são também compreendidos outros vegetais.
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lei
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1.2 – 19.7 – 119 – is 8.20 – 42.12 Jr 31.33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11.13 – 12.5 – Jo 1.17 – At 25.8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5.17 – Hb 9.19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2.15 – Hb 10.1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3.20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2.15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1.41,42 – Js 10.40 – Jz 1.1,2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12 e 13) – no Sinai (Êx 19 e 20) – em Parã (Nm 15.1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1.5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1.1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9.13 – Ez 20.11 – Rm 7.12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119.97 a 100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto (1) eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc. (2) Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins. (3) Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2.14,17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária. (4) Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
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lei (doutor da)
os doutores da Lei, tantas vezes mencionados no N.T., dedicavam-se ao estudo e explicação da Lei de Moisés, e das doutrinas tradicionais que tinham sido acrescentadas à mesma Lei (Mt 22.35 – Lc 7.30 – 10.25 – 11.45). Na epístola a Tito (3.13) intérprete da Lei significa, provavelmente, aquele que exercia o lugar de advogado legal nos tribunais dos gentios. (*veja Escriba.)
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léia
Fatigada
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hebraico: fortaleza, castelo, o mesmo que Abiqueila
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Flor celestial
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Elevação de terras entre dois sulcos
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leite
Nas terras da Bíblia usava-se não só o leite de vaca, mas também o de ovelha, de cabra e de camelas (Dt 32.14 – Gn 32.15 – Pv 27.27). Em diversos casos (exceto em Pv 30.33) o termo ‘manteiga’ refere-se a uma preparação do leite coalhado. Foi isto que Jael ofereceu a Sísera (Jz 5.25), num vaso de couro que ainda usam os beduínos. E ainda hoje, como nos dias de Abraão (Gn 18.8), os estrangeiros que passam por aqueles sítios são recebidos por gente hospitaleira, que Lhes apresenta aquela bebida. A proibição de cozer o cabrito no leite de sua mãe dizia respeito a qualquer uso pagão no tempo da ceifa (Êx 23.19 – 34.26 – Dt 14.21). Sugar o leite de uma nação inimiga era uma expressão que significava a sua completa sujeição (is 60.16 – Ez 25.4).
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leito
os leitos, como nós os compreendemos, não estavam em uso na Palestina. Havia, contudo, alguma coisa semelhante (*veja Gn 47. 31). Mas o divã ou sofá, em lugar de na sua construção ser uma parte do edifício, era algumas vezes um móvel separado, feito de materiais custosos. o livro de Ester (1.6) menciona camas de ouro e de prata, com tapeçarias pendentes, e colunas de mármore, mostrando assim o esplendor da corte de Assuero em Susã (*veja também Ct 3.9,10). ora, as relações que existiam entre o Egito e a Palestina deviam ter feito conhecidas de muitos judeus as camas – mas o fato de não serem por eles adotadas mostra, acidentalmente, o espírito conservador deste povo. Durante os longos séculos da história da Bíblia, geralmente não sofreu mudança a cama: era sempre a mesma coisa. É singular que, na Bíblia, o uso deste objeto é somente mencionado quando se trata de ogue, rei de Basã, dizendo-se que ele tinha um leito de ferro (Dt 3.11). Segundo os nossos atuais conhecimentos devia esse ser feito de basalto, substância rochosa, que contém 20 por cento de ferro. Esta pedra era geralmente usada ao oriente do Jordão para os sarcófagos, e seria um leito desta natureza que o gigante ogue empregava para dormir. Estes sarcófagos basálticos tinham muitas vezes três metros, ou mais, de comprimento, e eram proporcionadamente largos, devendo sem dúvida formar, mesmo para os vivos, confortáveis lugares de descanso, quando fossem bem estofados.