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Versículo
"Há
porventura
iniquidade na minha língua
Ou
não poderia o meu paladar dar a entender as
minhas
misérias"
Textus Receptus
"Há iniquidade na minha língua? Não consegue o meu paladar distinguir coisas perversas?"
61%
Dicionário
ha
iniquidade
iniqüidade
Referências
Jó 12:11
Jó 34:3
Jó 42:3-6
Jó 33:8-12
Jó 6:6
Heb. 5:14
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1.
ENTÃO Jó respondeu, e disse:
2.
Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!
3.
Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas.
4.
Porque as frechas do Todo-poderoso
estão
em mim, e o seu ardente veneno o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.
5.
Porventura zurrará
o jumento montês junto à relva? Ou berrará o boi junto ao seu pasto?
6.
Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?
7.
A minha alma recusa tocar
em vossas palavras
, pois são como a minha comida fastienta.
8.
Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus
me
desse o que espero!
9.
E
que
Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo!
10.
Isto
ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no
meu
tormento, não
me
poupando ele; porque não repulsei as palavras do Santo.
11.
Qual
é
a minha força, para que eu espere? Ou qual
é
o meu fim, para que prolongue a minha vida?
12.
É porventura
a minha força a força da pedra?
Ou é
de cobre a minha carne?
13.
Está
em mim a minha ajuda? Não me desamparou todo o auxílio eficaz?
14.
Ao que está aflito
devia
o amigo
mostrar
compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-poderoso.
15.
Meus irmãos aleivosamente
me
trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam.
16.
Que estão encobertos com a geada,
e
neles se esconde a neve.
17.
No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem,
e
em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
18.
Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem.
19.
Os caminhantes de Temá os veem; os passageiros de Sebá olham para eles.
20.
Foram envergonhados por terem confiado; e, chegando ali, se confundem.
21.
Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes.
22.
Disse-
vos
eu: Dai-me ou oferecei-me da vossa fazenda presentes?
23.
Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos?
24.
Ensinai-me, e eu
me
calarei; e dai-me a entender em que errei.
25.
Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa arguição?
26.
Porventura
buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?
27.
Mas antes lançais
sortes
sobre o órfão, e especulais com o vosso amigo.
28.
Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e
vede
se minto em vossa presença.
29.
Voltai, pois, não haja iniquidade; voltai, sim,
que
a minha causa é justa.
30.
Há
porventura
iniquidade na minha língua?
Ou
não poderia o meu paladar dar a entender as
minhas
misérias?