Havia apenas duas refeições por dia na vida de um oriental. A primeira era ao meio-dia, pouco mais ou menos (Gn 43.16 – 1 Rs 20.16 – Rt 2.14 – Lc 11.37 – 14.12). A segunda, chamada a ceia, constituía a principal refeição, e era a certa hora da tarde (Jz 19.21). A festa do cordeiro pascal era, também, celebrada a essa hora (Êx 16.12).
6
0
6
ceia do senhor
Trata-se da ceia do Senhor de um modo distinto em cinco passagens do N.T. : nas três narrativas dos Evangelhos, quando se referem à sua instituição – em 1 Co 10 – e em 1 Co 11. os nomes pelos quais é conhecida esta ordenação no N.T. são: o ‘partir do pão’ (At 2.42), e a ‘ceia do Senhor’ (1 Co 11.20). Esta cerimônia foi instituída na véspera da morte de Jesus Cristo, e na presença dos Seus discípulos mais intimamente a Ele ligados, mostrando isto que só podiam tomar parte naquele ato os que já estavam instruídos nas doutrinas do Mestre, e não os que se andavam preparando para ser do número dos crentes. Há uma estreita conexão entre a ceia do Senhor e a morte de Cristo – e é essencial estudar todas as passagens que derramam luz sobre a Sua morte. Ele havia simbolizado antecipadamente a Sua morte em linguagem altamente metafórica (Jo cap. 6) e numa clara exposição a tinha anunciado (Mt 16.21), explicando que esse fato era ‘pela vida do mundo’ (Jo 6.51), pois ia ‘dar a sua vida em resgate por muitos’ (Mt 20.28). Foi em Cafarnaum, cerca de um ano antes da Sua crucifixão, que Cristo proferiu o Seu mais completo ensinamento a respeito da Sua morte (Jo 6). Duma maneira solene e enfática Ele afirmou que era o pão do céu para vida do mundo – e que era absolutamente necessário que cada um comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue para receber e conservar a vida eterna. E assim Ele ensinou a absoluta necessidade de participar da Sua morte para a posse da vida eterna. Este discurso em Cafarnaum foi principalmente dirigido a incrédulos, e a certos indivíduos que eram crentes de nome. Em vista da clara referência feita à Sua morte, vê-se logo a relação entre aquelas Suas palavras e a ceia do Senhor instituída na véspera da Sua paixão. Essa relação é a de ser uma verdade universal com particular aplicação – a ceia é um meio pelo qual os discípulos de Cristo podem apropriar a si mesmos o beneficio da Sua morte. Tanto o discurso como a ceia se referem à mesma coisa – a cruz. Vamos, agora, examinar nos seus pormenores a linguagem de Cristo na instituição da ceia. A instituição foi imediatamente depois da refeição da Páscoa. Tomou Jesus primeiramente o pão, e depois o cálice, bendizendo a Deus por um, e dando graças pelo outro. Com efeito, dirige a Deus louvores e dá-lhe graças. E no ato de partir o pão, disse Jesus: ‘Tomai, comei – isto é o meu corpo’, e quando tomou o cálice exprime-se deste modo: ‘isto é meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26.26,28). As palavras: ‘isto é meu corpo’ referem-se àquele pedaço de pão que Jesus deu a Seus discípulos – e estão elas em conformidade com as usadas pelos judeus por ocasião da sua Páscoa: ‘Este é o pão da aflição que os nossos antepassados comeram na terra do Egito.’ E por isso a frase de Jesus tem esta significação: ‘Este bocado de pão representa o Meu corpo, que é dado por vós.’ o termo ‘aliança’ traz à memória fatos e promessas do A.T., especialmente a nova aliança, anunciada por Jeremias (Jr 31.31 – Hb 8.7 a 13). ‘Em memória de mim’ (Lc 22.19) que dizer ‘para recordação’, sendo a lembrança do fato o fim primário e fundamental da instituição. E ‘fazei isto’ significa ‘praticai este ato’. Passando dos Evangelhos para as Epístolas, achamos um ou dois pontos adicionados às palavras da ceia na narração de S. Paulo. Em 1 Co 10.16 lemos ‘o cálice da bênção que abençoa-mos’, e isto quer dizer: ‘o cálice sobre o qual é pronunciada a bênção.’ No N.T. nunca a bênção se acha associada com as coisas como sendo o seu objeto, mas somente com Deus, como sendo Aquele, o Único Ser, a quem bendizemos e glorificamos. ‘A comunhão do corpo de Cristo’ significa a participação com outras pessoas do que é ‘comum’. Deste modo S. Paulo segue de um modo restrito a primitiva instituição, relacionando a ceia com a morte de Cristo. Note-se que o Apóstolo usa o termo ‘mesa’, e não ‘altar’, para a ceia do Senhor. Em 1 Co 11.26 há um pensamento adicional: ‘todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha’. o Apóstolo avisa para que na Santa Ceia ninguém coma nem beba indignamente, isto é, que ninguém deixe de considerar a significação sagrada e solene do que o Senhor instituiu. Porquanto, quem de um modo indigno participa ‘será réu do corpo e do sangue do Senhor’, isto é, réu por profanar os meios divinos da nossa redenção, o próprio Senhor. Deve haver um determinado exame e discernimento – isto quer dizer que cada um deve discernir espiritualmente o fim sagrado e os desígnios do ato. São estas as passagens do N.T. que se referem à ceia do Senhor. Em todo o ensinamento da Sagrada Escritura se nota a extrema simplicidade da instituição – o lugar era uma casa e não um templo – as pessoas eram simples judeus – a hora era à tarde – as circunstâncias eram as de uma refeição social, fazendo ver uma família que se reunia por ocasião da Páscoa. A idéia fundamental da ordenação acha-se nestas palavras de Jesus: ‘Fazei isto em memória de mim.’ Recordamos o Salvador e o Seu sacrifício para o nosso bem. Mas o pão deve ser comido e o vinho deve ser bebido. isto quer dizer que não se trata simplesmente de uma lembrança, mas de uma aplicação a cada crente. Devemos, em nossos corações, ‘alimentar-nos dele por fé’, praticando o ato não em segredo e isoladamente, mas em companhia de outros, pois confessamos a nós próprios e aos que comungam conosco a nossa confiança no sacrifício expiatório de Cristo. Realizamos, então, a posse em comum de tudo o que o Calvário significa, manifestando igualmente a nossa unidade com Aquele que morreu na cruz (1 Co 10.17). Mais ainda: tanto Jesus como S. Paulo relacionam de um modo precioso aquele ato com o futuro, com o segundo advento – e nós proclamamos a Sua morte ‘até que Ele venha’. Desta forma a Santa Ceia envolve, simboliza e apresenta o Evangelho inteiro em miniatura, Cristo para nós, oferecido no Calvário – Cristo em nós, apropriado por fé – Cristo entre nós, sendo o nosso centro de unidade – Cristo vindo, como nosso Senhor e Rei. E assim a ceia do Senhor revela e exprime a ‘totalidade da sal
0
0
0
ceifa
o tempo da ceifa começa em abrile acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no começo de abril. E nos meados do mesmo mês começa a tornar-se loura, particularmente nos distritos do sul. Já então se acha tão amadurecida nos terrenos em volta de Jericó, como quinze dias mais tarde nas planícies de Acre. Faz-se a colheita até meados de sivã que é em fins de maio. os segadores na Palestina e na Síria fazem uso da foice para cortar o trigo quando o caule está em boas condições – mas quando pequeno, é costume arrancá-lo com as mãos pelas raízes. E fazem isto para que não se perca coisa alguma da palha, que serve para alimentação do gado. Há referência a esta prática no Sl 129.7. os ceifeiros vão para o campo, de manhã, muito cedo, e voltam de tarde para suas casas. Levam consigo os necessários provimentos, indo a água em cabaças ou em vasilhas de couro. Andam com eles na colheita os seus próprios filhos, ou outras pessoas, que vão apanhando tudo aquilo que, pela maneira descuidosa de ceifar, fica para trás. E sendo isto assim, é fácil compreender-se o caso de achar-se Rute no campo da ceifa. o direito dos respigadores estava assegurado pela lei positiva (Lv 19.9). Após a ceifa da cevada vinha a do trigo. Depois da colheita era o trigo debulhado e joeirado na eira. Em seguida depositava-se o trigo nos celeiros, e a palha servia de combustível, sendo muito empregada para aquecer os fornos de cozer pão.
4
2
2
ceila
hebraico: fortaleza
0
0
0
celal
hebraico: pouco estimado
0
0
0
célebre
Famoso; notável
1
0
1
célere
Com rapidez.
0
0
0
celeuma
barulhos; gritos de protestos
0
0
0
celia
Aquela que é sincera e verdadeira
0
0
0
celibato
Estado de pessoa solteira. Aplica-se particularmente àqueles que reuniciam ao matrimônio por motivo de dedicação particular à vida e atividades religiosas: clero, religiosos.
0
0
0
celina
Filha do céu
0
0
0
celita
hebraico: congregação do Senhor
0
0
0
celon
hebraico: em paz
0
0
0
cenáculo
Sala onde se comia a ceia ou o jantar
6
3
3
cencreia
grego: milhate
0
0
0
cenido
hebraico: urtiga
0
0
0
cenopegica
hebraico: festas das luzes, ou purificação
0
0
0
centurião
Acham-se referências a ‘centurião’ em Mt 8.5 e 27.54, e freqüentemente nos Atos. Era o capitão de cem homens, entre os romanos. (*veja Exército.)
12
0
12
cepa
Tronco
1
1
0
cepo
tronco de madeira
1
1
0
cera
Este termo é usado metaforicamente para designar qualquer coisa suave e que facilmente se amolga (Sl 22.14 – 68.2 – 97.5 – Mq 1.4).
4
4
0
cerca
obra de pedra, ou de silvado, oude madeira, com que na Palestina os lavradores, ou os pastores, cercam os seus pomares ou seus apriscos. A protetora providência de Deus também se chama circunvalação, cerca (Jó 1.10 – is 5.2). os obstáculos e inquietações são como que uma cerca, ou uma sebe que nos estorva no nosso caminho (Jó 19.8 – Lm 3.7 – os 2.6). Veja, também, Pv 15.19. Em is 5.5 trata-se de uma silveira para proteger a vinha.