Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16.7 – Nm 14.25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6.12 – 19.31 – Jr 32.19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55.8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23.14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2.19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14.6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9.2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
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caminho dum dia
As codornizes foram espalhadas pelo arraial até à distância de 25 a 32 km. que era o caminho de um dia (Nm 11.31). o caminho de um dia de sábado (Mt 24.20 – At 1.12) eram 1400 metros, distância que podia ser percorrida sem quebrar a lei (Êx 16.29).
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camita
Descendentes de Cã, filho de Noé.
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camos
Deus dos moabitas e dos amonitas, cujo culto foi introduzido em Judá por Salomão, e abolido por Josias (Nm 21.29 – 1 Rs 11.7 – 2 Rs 23.13 – Jr 48.7).
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campainha
As campainhas em forma de discos ou címbalos de metal eram instrumento muito antigo, ainda que a primeira menção que delas se faz na Escritura é do tempo de Moisés. No livro de Êxodo, 28.33, se diz a respeito do sumo sacerdote que as bordas inferiores do seu vestido deviam ser ornamentadas de campainhas de ouro, a fim de que a sua presença pudesse ser notada quando ele entrasse no Santo Lugar diante do Senhor, e quando saísse, para que não morresse. Uma campainha era, também, sinal de vitória, e no decorrer do tempo veio a fazer parte do equipamento de um cavalo de batalha. A este costume alude o profeta Zacarias, quando, ao anunciar a mudança que se devia operar na aceitação universal da verdadeira religião, ele diz: ‘Naquele dia será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao Senhor’ (Zc 14.20). Era comum entre os pagãos o uso das campainhas nas suas cerimônias religiosas. Pensava-se que o som era bom para todas as espécies de expiação e purificação, tendo influência sobre as almas dos mortos. As campainhas eram também tocadas com o fim de exorcizar ou afugentar os demônios. Havia, igualmente, o costume, nalguns templos pagãos, de chamar o povo por meio de toques de campainha, para assistir ao sacrifício. Era isto feito regularmente pelos sacerdotes de Persefom em Atenas. Daí a origem das campainhas nas igrejas.
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campeia
Prevalecer; dominar; imperar.
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campo
Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23.13,17 – is 5.8) ou toda herança de um homem (Lv 27.16 – Rt 4.5 – Jr 32.9,25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22.5). o ‘campo fértil’, em Ez 17.5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10.18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25.31).
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campo do oleiro
Pensou-se que este lugar havia recebido esse nome por estar em conexão com a olaria que havia em Jerusalém (is 30.14), ou talvez, por virtude da casa do oleiro, a que se refere Jeremias (18.2). Este pedaço de terreno foi comprado com o dinheiro da traição, aquele dinheiro que Judas devolveu aos sacerdotes – e fez-se naquele lugar um cemitério para sepultura dos judeus estrangeiros (Mt 27.7,10).
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cana
As palavras hebraicas traduzidas por cana são termos genéricos, que se aplicam a uma certa variedade de vegetais, como canas, juncos, tábuas, etc. o cesto onde Moisés foi posto (Êx 2.3) teria sido feito de juncos ou outras plantas que crescem na água (Jn 2.5). As palavras de Jó 8.11: ‘Pode o papiro crescer sem lodo? ou viça o junco sem água?’ referem-se à vegetação dos pântanos. Em Jó 41.2,20 trata-se de cordas de junco e de juncos a arder. Não há dúvida de que em alguns casos o papiro é especialmente significado. Mais de vinte variedades de juncos, e umas trinta de caniços, crescem na Palestina, incluindo o papiro, que é uma espécie de cana alta, com uma grande panícula de fiorinhas, partindo os pedúnculos da parte superior da haste. Alcança uma altura de três a quatro metros, com um diâmetro de cinco a oito centímetros na base. Para fazerem papel do papiro, tiravam os folhelhos, sendo depois a simples haste cortada em tiras, que eram postas ao comprido sobre uma peça plana de madeira, sendo unidas com alguma espécie de cola, e tudo depois comprimido de modo a formar um todo compacto.
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cana aromática
(is 43.24 – Jr 6.20). Talvez seja o cálamo de bom cheiro, que era oferecido no ritual assírio.
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caná da galiléia
Cidade, ou vila, notável pelo fato de ter sido ali que se operou o primeiro milagre de Jesus Cristo (Jo 2.1 a 11 – 4.46), realizando o Salvador, mais tarde, no mesmo lugar, outro sinal maravilhoso (Jo 4.54). Era, também, a terra natal do apóstolo Natanael (Jo 21.2). Nenhuma dessas passagens nos pode indicar de uma maneira precisa a situação de Caná. o que se pode depreender do que está escrito é que aquela povoação não ficava muito longe de Cafarnaum (Jo 2.12 – 4.46). investigações recentes tendem mais a identificá-la com Curbete Caná, que fica 1õ km ao norte de Nazaré, do que com Queque Quená, que está apenas 5 km ao nordeste.
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canaã
Baixo, plano. 1. Quarto filho deCão (Gn 10.6 – 1 Cr. 1.8), progenitor dos vários povos que antes da conquista dos israelitas, se tinham estabelecido no litoral da Palestina, ocupando, de um modo geral, todo o país ao ocidente do rio Jordão (Gn 10.15). Uma maldição foi lançada sobre a terra de Canaã, em virtude do procedimento pouco respeitoso de Cão para com seu pai Noé (Gn 9.20 a 27). 2. o nome de Canaã é, algumas vezes, empregado por ‘terra de Canaã’.
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canaã (terra de)
Em Sf 2.5 e em Mt 15.22, a terra de Canaã se restringe à parte marítima da Filístia e da Fenícia, e essa parte, sendo a mais baixa de todo o país, está em harmonia com a significação da palavra Canaã (terra Baixa), mas a sua aplicação era extensiva a toda a região ao ocidente do rio Jordão e do mar Morto, entre estas águas e as do Mediterrâneo. A língua de Canaã (is 19.18), isto é, a fenícia, tinha grande semelhança com a hebraica dos israelitas.
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cananeus
Esta designação é usada em sentido restrito, e também em sentido lato. implica ou a tribo que habitava uma particular porção da terra ao ocidente do Jordão antes da conquista, ou o povo que habitava, de uma maneira geral, todo o país de Canaã. Quanto à sua significação restrita: a região baixa da parte ocidental compreendia as planícies que ficam entre a praia do Mediterrâneo e a base dos montes de Benjamim, de Judá, e de Efraim, a planície de Filístia do sul, e de Sarom entre Jafa e o Carmelo, a grande planície de Esdrelom, junto à baía de Aca, a planície da Fenícia, contendo Tiro, Sidom, e todas as outras cidades daquela nação, e finalmente, o vale do Jordão, que se estendia desde o mar de Genesaré até ao sul do mar Morto, cerca de cento e noventa quilômetros de comprimento, por treze a vinte e dois quilômetros de largura. A tribo cananéia habitava a costa desde Sidom até Gaza, e dali até à extremidade sul do mar Morto (Gn 10.18,19). os carros, que constituíam uma parte importantíssima dos seus exércitos (Js 17.16 e Jz 1.19 e 4.3), em nenhuma parte podiam ser conduzidos a não ser nas planícies. Eram estes terrenos planos a parte mais rica do país. Na sua significação mais ampla, o termo ‘cananeus’ incluía todos os habitantes não israelitas da terra, antes da conquista.
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candeeiro
Foi ordenado a Moisés que fizesse um candeeiro ou candelabro para o tabernáculo, como se acha descrito em Êx 25.31 e 37, e 37.17 a 24. Assim como o castiçal de Moisés simbolizava a luz da lei, do mesmo modo os candeeiros se tornaram símbolos do Espírito, da igreja, e de testemunhos (Zc 4 – Ap 2.5 e 11.4). o candeeiro estava colocado na parte meridional do primeiro compartimento do tabernáculo, sendo essa parte um símbolo da região celestial. No templo de Salomão, em lugar do candeeiro do tabernáculo, havia dez castiçais de ouro, semelhantemente trabalhados, cinco à direita e cinco à esquerda (1 Rs 7.49 – 2 Cr 4.7). Estes candeeiros foram levados para Babilônia (Jr 52.19). Quando Jesus Cristo exclamou, ‘Eu sou a luz do mundo’ (Jo 8.12), a comparação foi provavelmente sugerida pelos dois grandes candeeiros de ouro que se achavam acesos no chamado pátio das mulheres durante a Festa dos Tabernáculos, iluminando toda a cidade de Jerusalém.
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candeia
Pequeno aparelho de iluminação, sustentado por um prego e abastecido com óleo
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candido
Aquele que é puro, ingênuo, inocente
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caniço
Vara para pescar (bambu)
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cânon das santas escrituras
A aplicação do termo cânon ao conjunto dos livros, que constituem as Escrituras do Antigo e Novo Testamento, somente se fez pelo fim do quarto século, quando todo o Novo Testamento se apresenta reconhecido pelas igrejas. Mas a idéia se derivou da coleção das Sagradas Escrituras judaicas, já fixadas e completas no princípio da era cristã. A. Cânon do Antigo Testamento. os livros que encerra: o Antigo Testamento contém trinta e nove livros, agrupados segundo o assunto. Há os cinco livros da Lei – doze de História, cinco de Poesia – dezessete de Profecia. Esta disposição provém da Vulgata Latina, que, por sua vez, se baseia na versão grega dos Setenta, assim chamada por terem sido setenta os tradutores. Quando nos referimos a esta tradução grega, dizemos a versão dos LXX. Todavia, as Escrituras hebraicas compreendem somente vinte e quatro livros. É porque se considera como um só livro cada grupo dos seguintes: os dois de Samuel, os dois dos Reis, os dois das Crônicas, Esdras e Neemias, os doze profetas menores. Por uma classificação posterior ficou reduzido o número a vinte e dois livros, para corresponder, certamente, ao número de letras do alfabeto hebraico, aparecendo o livro de Rute ligado ao dos Juizes, e as Lamentações ao livro de Jeremias. o agrupamento das Escrituras hebraicas é, provavelmente, significativo da história do Cânon do Antigo Testamento. 1. Lei (Torá) – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 2. Profetas: primeiros – Josué, Juizes, Samuel, Reis – últimos – isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. 3. Escritos (Quetubim na versão dos LXX são os hagiógrafos, ou escritos sagrados). a) Livros Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó. b) Megilote (Rolos, que eram lidos, cada um em separado, nas cinco grandes festividades judaicas) – Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações, Ester. c) Daniel, Esdras, Neemias, e Crônicas. Deve notar-se que somente a primeira divisão, a Lei, corresponde ao agrupamento da Vulgata Latina. os ‘Profetas’ incluem quatro livros históricos, e o próprio titulo da terceira divisão, os ‘Escritos Sagrados’, sugere o caráter miscelâneo dos assuntos. A versão dos LXX, que em geral é citada pelos escritores do N.T., contém quatorze livros além dos das Escrituras hebraicas. o excesso dos livros gregos sobre os hebraicos é representado pelos livros apócrifos. B. Cânon do Novo Testamento. Livros que encerra: A ordem dos vinte e sete livros do Novo Testamento é derivada da Vulgata Latina. E acham-se assim agrupados: a) os quatro Evangelhos e o livro histórico dos Atos. b) A série das quatorze epistolas de S. Paulo, terminando com a epistola aos Hebreus. c) As sete epístolas universais. d) Apocalipse. A ordem tradicional é particularmente infeliz com respeito aos escritos paulinos, que parecem ter sido geralmente dispostos segundo o seu comprimento e importância. Se esta disposição pudesse, dalgum modo, justificar-se por se tratar de inspiradas ‘Epístolas’, devia pensar-se em que, primeiramente, foram cartas, chamando-se depois epístolas, quando se incluíram no Cânon, e como cartas tinham um lugar marcado na sua relação com a vida e ministério de S. Paulo. A sua ordem cronológica é, realmente, de grande importância para inteira compreensão de cada uma das epístolas e pode ser determinado com mais ou menos certeza, este agrupamento: Segunda viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Tessalonicenses. Terceira viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Coríntios (Gálatas), Romanos. Quando Paulo estava na prisão: Epístolas aos Efésios, aos Colossenses, e a Filemom – Epístola aos Filipenses. Depois da (primeira) Prisão: Epístolas a Tito – 1 Timóteo – 2 Timóteo. A literatura do N.T. compreende, então, os quatro Evangelhos, ou uma narrativa da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo – a história da igreja primitiva, tratando de um modo especial da obra de S. Paulo, uma coleção de vinte e uma Epístolas Apostólicas – e o Apocalipse. Estes escritos constituem, de fato, o Cânon do N.T.
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canonização
Processo que levou ao reconhecimento dos livros que compõem a Bíblia como realmente inspirados por Deus.
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cantares
CÂNTiCoS DE SALoMÃo. o assunto deste Cântico é a mútua afeição e ternuras entre esposo e esposa. Tem sido objeto de muita discussão saber quem é o autor e quando foi escrito. A voz universal da antigüidade atribui o livro a Salomão, e a prova interna mostra conformidade com o tempo e a vida desse rei. Esteve sempre no Cânon mas não é citado no N.T. Temos de considerar Cantares de Salomão como uma bela manifestação dos sentimentos amorosos, que o Criador implantou na nossa alma . Mais do que isto, porém, devemos ainda dizer. As afetuosas relações entre o homem e sua mulher são referidas em muitas passagens das Escrituras para demonstrar a união entre Jeová e o Seu povo escolhido. Nesta conformidade, os judeus sempre compreenderam os Cantares de Salomão num sentido figurativo. Do mesmo modo os comentadores cristãos de todos os tempos têm considerado este poema como uma expressiva pintura de amor que existe entre o Salvador e Sua igreja, descrevendo convenientemente a fidelidade e perpetuidade da sua união. E, quando a esta luz se vê o poema, parece, então, ser uma valiosa percepção da verdade divina. É, certamente, no objeto geral do poema que devemos procurar a sua significação mística. De maneira alguma devemos tentar a interpretação simbólica de todas as pequenas circunstâncias mencionadas. o poema Cantares de Salomão acha-se na forma de diálogo: os principais interlocutores são o rei Salomão e a sua noiva, havendo, também, um coro de virgens, e manifestando-se outros espectadores. As partes do poema podem considerar-se da seguinte maneira: l. introdução, fazendo conhecer o mútuo amor do noivo e da noiva (termina esta parte em 2.7) – 2. A visita do noivo e o sonho da noiva (termina em 3.5) – 3. os desponsórios reais (acabam em 5.1) – 4. Um sonho de afastamento e tristeza, seguindo-se uma renovação de amor (o fim desta cena é em 6.9) – 5. Alegria do amor conjugal (acaba a cena em 8.4) – 6. o noivo visita a casa da Sulamita e há, então, uma feliz revista dos tempos passados (termina em 8.14). Como geralmente acontecia nos antigos poemas, não há alíneas no Cântico que indiquem a mudança de cena e de personagens. Conhecem-se essas mudanças em parte pelo sentido, mas principalmente pelo uso no original dos pronomes do gênero masculino ou feminino, da segunda ou terceira pessoa. Quando não se observa esta distinção nas traduções, o poema fica obscuro. Todavia, em algumas edições da Bíblia, acham-se indicadas as diferentes cenas e personagens.
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cântaro
Jarro ou vaso grande para guardar líquidos.
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canto do campo
Segundo a Lei, o canto dos campos não devia ser completamente ceifado, pois isso fazia parte da provisão para os pobres (Lv 19.9). os constantes queixumes dos profetas com respeito a serem defraudados os pobres (is 10.2 – Am 5.11 – 8.6) parecem mostrar que essa disposição da Lei tinha perdido a sua força na prática. Aos hebreus era proibido cortar os ‘cantos’, isto é, as extremidades do cabelo e das suíças em volta das orelhas (Lv 19.27 – 21.5).
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canzil
Canil; cada um dos paus presos aos tirantes ou por baixo da canga, entre os quais se meteo pescoço do boi ou do cavalo.